Basta que algo saia da rotina, ou um acontecimento inesperado, para que a vida nos pareça (ou se revele) surreal. Sentado sobre um canteiro da calçada, esperando o carro no lava-rápido, um passarinho passou sobre mim. Acompanhei seu voo: ele passou sobre o muro do lava-rápido, fez uma curva para a direita, bateu na parede de uma casa e caiu, asas abertas, desaparecendo atrás do muro. Ainda esperei que o passarinho ressurgisse por detrás do muro. Nada, silêncio, ninguém, além de mim, viu.
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