Não sei como é com as outras crianças, mas eu gostava quando os Lobos vinham na minha casa. Ou quando me carregavam para passear.
Nunca os vi brigar ou reclamar a sério da vida, do país ou dos outros. Eles habitavam o bom humor. Sabiam na prática que o sentido da vida estava nas pausas: na roda de amigos, na piada, no sorriso, na brincadeira, no fim de semana, na confraternização.
A gente enfrenta as dificuldades e os sofrimentos da vida para viver os pequenos acontecimentos. Não faz sentido abdicar desses intervalos, ou enchê-los de aporrinhações. Mas a maioria das pessoas, depois eu aprenderia, não é assim.
Era essa diferença de atitude perante a vida que tornava tão engraçada a brincadeira de dividir os adultos da família entre os Lobos (irmãos e irmãs) e os "intrusos" (cunhados e cunhadas).
Essas reuniões maravilhosas, principalmente, as que aconteciam no dia de Natal, onde todos nos encontrávamos e a confraternização reinava absoluta. A saudade deste clima nos reuniu novamente em 2007. Viva vovô Hugo e vovó Isvera! Que linda família criaram!
ResponderExcluir* Beto saudades !
Um grande abraço!
Saindo da aula, foi um alento encontrar seu e-mail. Sensibilidade em estado puro e, ainda, o brinde dessa boniteza de linguagem.
ResponderExcluirFicou um grande sabor de "quero mais"!!!
Abraço
Chico
Comentário da Coca enviado por e-mail:
ResponderExcluir"Gostei, Roberto! Apesar de que o principal Lobo da minha infância não era muito assim como você descreve... Beijos, Coca"
Comentário do Ricardo Sternberg enviado por e-mail:
ResponderExcluir"Bonito texto, Roberto. Eu me lembro muito bem dos almoços no domingo na casa dos avós, com a lobada e a primarada todos lá. Iamos a pé da vila na Real Grandeza até a casa deles, voltando de tarde, cansados de brincar.
boas memórias."
Comentário de Regina (mamãe) enviado por e-mail:
ResponderExcluir"Meu Filho, que bom que vc. possa colocar estas impressões, emoções, em palavras. E em palavras que têm o dom de provocar novas emoções por antigas vivências gostosas. Vamos tentar repetir novos encontros com o mesmo "clima"? Quem se habilita?
Beijos para você e para toda a Grande Família"
Comentário do tio Carlos Augusto enviado por e-mail:
ResponderExcluir"Os encontros dos Lobos eram mesmo uma alegria. Continuam a sê-lo, só que hoje são mais raros e está faltando gente que já foi pro céu. Mas vale a pena persistir e fazer muitas reuniões da lobada.
Parabéns pelo seu texto que nos comoveu a todos.
Carlos Augusto"
Roberto querido,
ResponderExcluirComo uma das "intrusas" da famíla Lobo, setor criado, organizado e consolidado por D.Isvera e Sr. Hugo, endosso as suas palavras.
Um dos filhos desse lindo e consistente casal, ganhei de presente-o caçulinha- com quem aprendi muito, sobretudo no que diz respeito à formação desse seleto grupo, que para ser completo, era acrescido de mais onze, (sem contar os"intrusos", evidentemente). E sou filha única... Que tal? Veja só o que recebi!
Um beijo para você e parabéns por falar, tão amorosamente, de suas lembranças.
Ana Maria
Ana Maria
Beto,
ResponderExcluirVocê me fez voltar no tempo...Vassouras a casa com varanda,a casa perto da praça da igreja; a casa de Petrópolis com o sótão, as escadarias internas com os diversos patamares, as reuniões de Natal, aniversários do Vovô e da Vovó, nossas férias. Muitas saudades!!
Valeu Beto!!!
Limse
Obrigado a todos que comentaram. É ótimo escrever um texto e saber nos comentários o que os outros pensaram ou sentiram. A casa está sempre aberta para novos comentários, velhas lembranças.
ResponderExcluirAbraço a todos