Ao ensinar compaixão ao rei Pasenadi de Kosala, o Buda diz: “Quem ama o eu, não deve ferir o eu do outro”. Para muitos, o Buda buscava apenas falar à mente do rei, que se confessara por demais apegado. Mas é possível também outra interpretação. Talvez o Buda tenha reconhecido o egoísmo como raiz fundamental do amor-próprio e da compaixão. Cortada a raiz do egoísmo, a compaixão ou morre ou se deforma.
Quem ama a si, ao se colocar no lugar do outro, sente compaixão.
Mas quem despreza a si mesmo, ao se posicionar no lugar do outro, só consegue sentir indiferença, desrespeito, ódio.
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