Que seria do homem sem o medo?
Talvez o próprio bem, virtude mais admirada, não existisse sem a colaboração do medo. Não estou dizendo que o bem não existe, que é um disfarce do medo, longe disso. Mas dificilmente alguém chegaria a ser bom se o medo não abrisse um vazio entre o desejo e a ação, entre a volúpia e a busca do prazer. É nesse vazio criado pelo medo que pode entrar o eu e o outro. É nesse vazio que surge o humano e a coragem de ser humano.
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