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domingo, 21 de março de 2010

UMA BREVE HISTÓRIA DO HOMEM

Que tal uma fascinante viagem pelos cinco continentes da Terra, acompanhando a aventura humana em mais de 10.000 anos de história. Em 336 páginas o livro Uma breve história do homem, de Michael Cook, Jorge Zahar Editor, leva você a essa viagem. Ainda que muito seja perdido nesse passeio, brilhantemente resta o homem, e sua enorme capacidade para arbitrariamente criar culturas diferentes, nelas viver e com base nelas construir. Restam as histórias e a história, vivas, não mais retalhadas para poder caber em determinada moldura ideológica, religiosa ou sistemática. Para enriquecer esse cenário, e estimular a reflexão sobre ele, eu recomendo que se leia o livro Humano, demasiado humano, de Friedrich Nietzsche, em ótima edição pela Companhia das Letras (Companhia de Bolso).

Talvez ao terminar de ler esses livros você sinta que a própria história da humanidade o atravessa, e que o que você sempre acreditou naturalmente ser, não é mais que a forma como a história chegou até você e em você se manifestou. Você pode lembrar de Édipo, rei de Tebas, que inocentemente se lançou na empreitada de descobrir o assassino do seu antecessor Laio, sem saber o destino trágico dessa busca pela verdade. Quando você antevir que essa busca pode fazer ruir todas as bases sobre as quais você construiu seu reino, talvez seja tarde demais para recuar.

Pronto, aí está você, no centro dos conflitos do homem de hoje, nascido em um momento em que todos os homens de todas as culturas se misturam e convivem, de tal modo que nenhuma pode contar ao menos com o relativo isolamento que a sustenta. Talvez a dor da orfandade recente o leve a se isolar em um dos milhares de grupos que se fecham em torno de uma crença comum. Você está entre a relativa esterilidade da ciência e a perigosa potência da fé. Você está entre o progresso e a revolução. Entre o homem e o bom selvagem. Entre a terra e o céu. E talvez - ou será apenas um desejo? - já tenha passado o tempo das opções radicais.

DEGUSTAÇÃO NO GOOGLE BOOKS!!!

(Texto de agosto de 2006)

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