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segunda-feira, 2 de maio de 2011

A respeito da comemoração da morte de Osama

Não se deve comemorar a morte. Vitória é um mundo sem terrorismo, não a morte de um terrorista.

O raciocínio por trás da comemoração da morte de um terrorista ou de um assassino é semelhante ao raciocínio do terrorista ou do assassino. É um raciocínio simples: a América é má, matem-se os americanos; Israel é mau, matem-se os israelitas; os terroristas são maus, matem-se os terroristas; os assassinos são maus, matem-se os assassinos. E iludem-se que com isso resolvem o problema. Mata-se um Rei, outro entra no lugar; mata-se um terrorista, um assassino, um americano, um israelita, outros tomarão seus lugares, quem sabe infelizmente mais radicais por força da violência.

Enfim, não se deve combater o mal com o mal, ou a violência com mais violência. Uma ideia simples defendida vigorosamente por Sócrates, Jesus Cristo e Tolstoi (esses os que me vêm a mente). Mas não revidar o mal com o mal é uma ideia com a qual dificilmente o homem concorda. Há 2.400 anos, Sócrates reconhecia que poucos, tanto em sua época quanto no futuro, dificilmente apoiariam esta ideia:

"Então não devemos nem ser injustos com quem foi conosco injusto, nem causar o mal a quem quer que seja, a despeito do que possa ter feito conosco. E cuida, Críton, ao concordares com isso em não concordares com algo em que não acreditas, pois estou ciente de que são poucos os que acreditam ou que algum dia acreditarão nisso."