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sábado, 24 de julho de 2010

Uma ideia infeliz

Há quem queira mexer na Constituição do Brasil para escrever a palavra felicidade no seu texto. Mas não a quer no art 5º, como o direito de cada um buscar a felicidade ao seu modo, sob proteção do Estado. Nada disso. A proposta de emenda que corre no Senado é enfiar a felicidade social no art. 6º, como a grande finalidade do Estado.

O que quer que seja felicidade social, sua busca não deve ser a finalidade do Estado. Quem ficaria seguro em um Estado que usa toda sua força na procura da sua própria felicidade. O Estado deve proteger os direitos individuais e elaborar políticas eficientes para garantir a todos os brasileiros os direitos sociais que já constam do artigo 6º: educação, alimentação, moradia, emprego, etc.

E deixe que cada um procure a sua felicidade. Ou não, pois acredito que tem muita gente buscando coisas mais importantes que a felicidade. Como Confúcio, que não procurava a felicidade, mas ser digno de ser feliz. Ou como Vinícius, que procurou o amor a vida inteira, mesmo sabendo de todo sofrimento que viria junto. Ou como Mandela, que passou 30 anos na prisão perseguindo o sonho de uma África do Sul livre do Apartheid. Ou como Sócrates, que preferiu beber cicuta a abdicar do que entendeu ser sua missão: criticar, mesmo os mais poderosos de sua cidade, para que pudessem melhorar.

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