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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Alquimia

“O nosso amor é tão bonito,
Ela finge que me ama e eu finjo que acredito”
(da música Falso Amor Sincero, de Nelson Sargento)


Li o primeiro capítulo de Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez. O mesmo sabor - a mesma sensação de mil e uma noites; de mundo em suspenso; de esperança - que provei quando li o primeiro capítulo de Os Filhos da Meia Noite, de Salman Rushdie.


De repente, um narrador poderoso começa a contar histórias e todos os meus problemas, minha seriedade e meus planos de vingança se dissolvem. Suspendo execuções, a cicuta volta para o armário, e me torno discípulo atento desse alquimista que transforma o mundo em algo precioso.


Sei que vou ler o livro todo, dia a dia, capítulo a capítulo, caso a caso. Uma suave esperança de aprender as artes de alquimia do mestre. Também eu, poder deitar um novo olhar sobre o mundo em que vivo e transformá-lo em beleza, em cores, em texturas, em sabores.


Será que minha visão é tão pobre que só consigo enxergar no mundo a crua e seca realidade devastada e dizer não? Mil e uma vezes a mentira, a ilusão, a fantasia, o riso, a brincadeira, a leveza. Me ensinem, discípulos de Sherazade, me ensinem a passar pela vida num tapete voador.

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